A cidade da Praia é palco durante  os próximos três dias de uma formação especializada em recolha e partilha de informações financeiras, com ferramentas da Interpol. Esta ação acontece no quadro da implementação em Cabo Verde do projeto de investigação criminal em Cabo Verde para combater o trafico de drogas e crime organizado, CRIMUST, promovida, pelo Ministério da Justiça, em parceria com a ONUDC  e financiada pelo Departamento dos Estados Unidas da América. 

Governo de Cabo Verde, Escritório das Nações  Unidas sobre Drogas e Crimes e o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América juntos no combate ao crime financeiro internacional. Esta formação de três dias  junta  40 representantes de instituições, com responsabilidade em sede de combate ao crime financeiro, nomeadamente Banco de Cabo Verde, Policia Judiciaria, Conselho Superior da Magistratura Judicial e o Ministério Público.

Os participantes desta formação terão oportunidade de partilhar as melhores práticas, no que tange à recolha de informações financeiras, reforçando, por essa via, a capacidade nacional de prevenir  o crime do sistema financeiro e  as respostas da justiça penal em  Cabo Verde, em matérias de trafico ilícito e  crime organizado transacional.  

A Coordenadora Residente das Nações Unidas em Cabo Verde defendeu que a redução dos fluxos financeiros ilícitos é uma das prioridades para  construção de uma sociedade mais justa a nível mundial. 

O embaixador dos Estados Unidos da América em Cabo Verde considera importante a capacidade de abordagem do financiamento ilícito para a nossa segurança coletiva. Jeff Daigle sublinhou a melhoria das leis em Cabo Verde e a capacidade do país de  investigar crimes financeiros, mas avança que a atividade criminosa,  a sua evolução e  modus operandi requer adaptação  e fortes parcerias  para enfrentar os desafios no futuro.

Ao presidir o ato de abertura desta formação especializada em recolha e partilha de informações financeiras, com ferramentas da Interpol, a Ministra da Justiça  direcionou a sua intervenção na mesma linha,  com destaque na cooperação internacional e papel desta formação. Joana Rosa realçou também o papel relevante da INTERPOL  no combate ao cibercrime. Os formadores são profissionais do centro de combate ao crime financeiro e à corrupção da organização, com vasta experiencia e pratica nesta área.