Colaboradores da RTC repudiam "inverdades e falta de ética, falta de respeito e deselegância" do Administrador Carlos Reis

17 Novembro de 2023

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Os trabalhadores da RTC, Radiotelevisão Cabo-verdiana estão revoltados e indignados, pelas declarações do Administrador da Empresa, Carlos Reis proferidas perante a primeira Comissão da Assembleia Nacional.

Na referida Audição Carlos Reis assumiu que a massa de colaboradores da RTC é gorda e preguiçosa, produz pouco, ganha muito e tem medo de ser avaliada. Estas e outras afirmações foram proferidas no âmbito da auscultação prévia antes da nomeação do Conselho de Administração da RTC.

Revoltados, indignados, chocados e tristes. Adjetivos que os trabalhadores da RTC usam para descrever o seu estado de espírito depois da audição do Administrador da RTC, Carlos Reis perante a primeira Comissão da Assembleia Nacional. Na referida audição o Administrador assume, sem pejo, que a massa dos trabalhadores da RTC é gorda e preguiçosa, produz pouco, ganha muito e tem medo de ser avaliada. 

Sublinham que em quase duas horas de audição, o Administrador falou praticamente mal de todos os colaboradores da empresa, abstraindo-se da sua responsabilidade de gestor que, durante mais de três anos, nunca se dignou reunir com os trabalhadores da empresa de que ele se gaba de ser um profundo conhecedor.

A nota de repúdio dos trabalhadores da RTC acrescenta ainda que o Administrador acusa os trabalhadores da empresa de terem deitado abaixo o projeto de avaliação de desempenho, numa clara tentativa de passar a ideia de que a empresa não conseguiu implementar esse sistema de avaliação por culpa dos trabalhadores que o rejeitaram, porque não gostam e não querem ser avaliados. 

O que não disse foi que o documento estava ferido de ilegalidades, após consulta junto dos sindicatos que representam os trabalhadores da empresa. Os trabalhadores sugeriram a criação de um modelo mais adequado de avaliação de desempenho a uma empresa de comunicação social, acrescenta a nota.

Os trabalhadores da RTC repudiam igualmente o extrato da audição onde o Administrador declara que “a RTC deveria ser deitado abaixo”, mostrando, de forma tacanha, deselegante e contraditória, não acreditar numa empresa em que ele é gestor e onde quer continuar a ser gestor, diz a nota que também deixa as seguintes perguntas no ar. Se a RTC é inviável, como o próprio diz, que validade tem o seu plano de negócios? Com que argumentos ele pretende angariar a confiança de parceiros e investidores para dar pujança à maior empresa de comunicação do país?

Consideram igualmente, grave o facto do Sr. Administrador ter chamado “desequilibrado” a um colaborador da RTC, patenteando uma grande falta de ética e de respeito.

Os trabalhadores da RTC defendem ainda que o teor da audição do Sr. Administrador na primeira Comissão da Assembleia Nacional contém várias inverdades relacionadas com o número de jornalistas e com a base salarial dos colabores da Empresa. Salários que o considera ser elevado para os padrões nacionais, quando se sabe que há trabalhadores com mais de 25 anos de serviço, cuja remuneração mensal líquida não chega aos 90 mil escudos e os mesmos estão há muitos anos sem atualização.

Pelo exposto, o coletivo dos trabalhadores considera que o Sr. Administrador da RTC, Carlos Reis, não reúne as mínimas condições para ser reconduzido ao cargo, pela forma inepta como o tem desempenhado, culminando na triste figura que fez durante a supracitada comissão.

Esta nota de repúdio foi enviada a ARC, Agencia Reguladora de Comunicação, ao Conselho Independente da RTC , à Comissão Especializada de Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos, Segurança e Reforma do Estado do Parlamento, ao Presidente da República, ao Presidente da República e Gabinete do Primeiro Ministro

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