17 Maio de 2023
“É uma grande conquista”. Assim começou por reagir Domingos Barros, o lutador cabo-verdiano que no último domingo,14, sagrou-se campeão da MMA, Artes Marciais Mistas, na categoria meio-pesados.
Em conversa com a Rádio de Cabo Verde, o “Distroyer” (destruídor) como é conhecido, disse que a conquista é tanto mais significativa porque derrotou um adversário com um grande currículo e que veio da UFC, o nível mais alto das Artes Marcaiais Mistas. “O meu adversário veio da UFC, portanto foi uma grande vitória, que significa muito para mim”, declarou.
Domingos Barros confessa que teve de fazer muitos sacrifícios para se dedicar inteiramente aos treinos. Daí que o resultado alcançado no passado fim-de-semana tenha sido fruto de “muitoempenho”. Tive de parar o meu trabalho, porque a luta exigia muito de mim. Resolvi nvestir todo o meu tempo nessa preparação para poder superiorizar-se a um adversário muito rodado. Graças a Deus tive um resultado positivo.”
UFC: sonho cada vez mais perto
Neste momento o cabo-verdiano detém uma marca de oito vitórias e apenas uma derrota. Aos 30 anos, tem conciência de que acaba de dar um passo importante para chegar ao mais alto nível, à UFC. Por isso, diz estar a aguardar contanctos da Ultimate Fighting Championship, a organização de MMA mais famosa do mundo. Mas, para já, já vai pensando na próxima luta que deve dentro de 2 meses.
Domingos Barros diz que tem estado a receber mensagens encorajadoras de muitos cabo-verdianos. Gestos que lhe transmitem muita energia, por isso nunca esquece os seus conterrâneos a quem agradece imenso pelo apoio que sempre lhe prestaram “ao longo dos anos, não apenas agora”, nota.
Natural da Cidade da Praia, do bairro de Tira Chapeu, Domingos Barros emigrou já adulto para Portugal. Atualmente, vive nos Estados Unidos da América.
Artes Marciais no sangue da família
Domingos Barros é primo da pugilista Nancy Moreira. Aliás, facto curioso, no mesmo fim-de-semana em que se sagrava campeão de MMA nos Estados Unidos, a prima conquistava, em França, o Torneio “Les Cenitures”.
“Sei lá, parece que está no sangue. A minha prima foi a um primeiro treino e gostou, nunca mais parou. Comigo também aconteceu a mesma coisa. Fui fazer um treino e notei logo que aquilo era para mim. Eu e ela conversamos praticamente todos os dias.”
Há poucos anos, aquando da sua mais recente visita a Cabo Verde, Domingos Barros manifestara o desejo de criar uma escola de Artes Marciais aqui no país. Perguntamos ao lutador se essa ideia ainda está de pé.
“Sim, claro. nos ultimos tempos houve alguns contratempos, tive de mudar para os Estados Unidos e isso implicou algum tempo de adaptação à nova realidade. Mas, não abandonei este sonho de criar uma escola de artes marciais no meu país”, concluiu.
Oiça, em baixo, a matéria com as declarações de Domingos Barros:
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