13 Outubro de 2022
Também numa declaração política apresentada hoje de manhã no parlamento, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) acusou o Movimento para a Democracia (MpD, partido que sustenta o Governo) de ter promovido uma partidarização excessiva, o clientelismo e o amiguismo na Administração Pública, além de ter provocado a decadência das instituições da república, através da sua banalização.
Estas críticas foram veementemente refutadas pelos deputados do MPD, para quem o partido atualmente no poder implementou práticas diferentes das do PAICV. Para os deputados da maioria, as acusações feitas hoje nada mais são do que a verbalização de actos praticados pelo principal partido da oposição quando esteve no poder, altura em que terá ocorrido a verdadeira partidarização da Administração Pública.
Foi o deputado Fidel de Pina quem deu voz às acusações do MpD, tendo afirmado que, devido à situação descrita, os jovens estão sem esperança e desprovidos de oportunidades porque, na opinião daquele parlamentar, o poder banalizou as instituições da República, capturando o Estado, que ficou refém dos interesses partidários.
A resposta da bancada do MpD veio do deputado Luís Carlos Silva, que demarcou o seu partido daquilo que considerou serem práticas nocivas do passado, alegadamente desenvolvidas pelo PAICV, frisando que o actual partido da situação se diferencia do seu oponente, descartando as lições de moral que o partido adversário queira dar.
A UCID, através do deputado António Monteiro, também entrou no debate, partilhando as acusações de partidarização da Administração Pública imputadas ao MpD e ao Governo. Mas neste pacote, os democratas-cristãos também meteram o PAICV, considerando que essa força política também promoveu a partidarização da máquina pública quando esteve no poder.
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